Pesca Molhe Norte Aveiro

22 DE ABRIL DE 2011 – DIA DE PESCARIA!

Mais uma vez chegou o tão ansiado momento de ir à pesca com os meus amigos. Desta vez os meus parceiros foram os pescadores de grades Miguel e Melo e também o meu grande amigo Emídio. O local escolhido é, para muitos, o melhor pesqueiro do país pela quantidade e variedade de peixes e seres marinhos que por lá habitam todo o ano (embora cada espécie tenha a sua altura mais apropriada) e, assim, lá fomos até à famosa Ria de Aveiro .

A hora de partida foi bem cedo por volta das 4h45 da manhã, cheios de vontade e com um alvo bem definido – OS SARGOS. As previsões do tempo eram de alguma chuva e de mar a rondar o metro com vento sul fraco. Estas condições são normalmente sinónimo de boa pescaria e, portanto, a expectativa era grande. Pelo meio paramos para o pequeno-almoço e para comprar o isco no “Bigodes”. Embarcamos animados e chegados ao pesqueiro eis as primeiras surpresas: o mar mais revolto do que esperávamos e um número de pescadores abismal (cerca de 80!). Mesmo assim lá fomos para a luta e os primeiros peixes foram um sargo pequeno, duas tainhas e algumas maragotas pequenas dentro da ria. Um fracasso! O estado de mar obrigou a nova estratégia e os piões chumbados eram obrigatórios. Assim foi, alterei a montagem e arrisquei pescar para o mar. Para minha surpresa o mar havia caído na vazante e já era possível aguentar o pião no meio das ondas com sucesso. Após alguma seca, eis que os Sargos apareceram! 1, 2, 3, 4…30…40…200, eu sei lá quantos foram, e nós a ver a banda passar! Era de tal ordem tanta gente que no sítio onde os sargos insistiram em comer não cabia lá uma mosca! Mesmo assim conseguimos com dificuldade arranjar algumas abertas no meio de tanta gente e fazer o gosto ao dedo com os resultados finais de: 7 peixes para mim, o Melo com 4 peixes, o Miguel com 2 peixes e o Emídio com 0, após desistência por falta de condições. Para terminar em beleza eis que no horizonte um negrão carregado de chuva que ao fim de 10 minutos caiu sobre nós com força forçando-nos a ir embora como uns verdadeiros pintainhos todos molhados e já com vento noroeste a dar um ar da sua graça.

Antes do regresso, duas paragens obrigatórias: o restaurante “O Barco” e a casa de pesca da “Manuela”. A primeira serviu para consolar o estômago com umas boas moelas e bifanas e a segunda para repor o material perdido e para mais uns bitaites sobre pesca.Em suma, vivemos os quatro mais um dia bem passado com bom humor, amizade e com uma certeza de que os peixes podem querer – NUNCA DESISTIMOS!

Foi um prazer pescar com vocês amigos!!

Frederico Meneses