segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Surfcasting Nocturno

Boas Companheiros de Faina,

Na semana passada como as condições de Mar e clima, convidavam a uma pesca de (apesar do frio ter sido uma adversário á altura...), conseguiram-se capturar alguns bons exemplares de Robalos, próprios da época em que estamos...!


A técnica foi Surfcasting e a hora das mesmas entre as 21.00 e as 24.00, já que como foi durante a semana e a Malta no dia a seguir tinha que se levantar cedo para ir trabalhar, não dava para abusar da "sorte"...

O isco mais eficaz, foi o Casulo, apesar de tb terem saído alguns bons exemplares a outros companheiros que por lá andavam, com Bicha do Mar (Tiagem).





Esta semana, se as condições meteorológicas previstas se mantiverem, lá iremos novamente tentar a n/sorte, agora já com mares mais brutos (os meus preferidos) e com a maré a subir...







Ab e até ao próximo report!

Miguel

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pesca aos Sargos em Espanha IV

Pelas 3 da manhã de dia 26, partiram de Leça da Palmeira 3 ambiciosos pescadores, famintos de “sargalhuços castelhanos…”

Desta vez a jornada levou-nos a Malpica de Bergantiños – Corunha

Pedro (Mister, não dá mais)


Fred (Puto)

Filipe (Roncador)

Fomos directos ao pesqueiro conhecido como “Punta Roncudo”. As previsões de mar indicavam 2 mts, 2,5 mts, o que para aquelas paragens é manifestamente pouco. Como o Roncador conhecia já o local, disse que por ali o mar trabalhava melhor com menos mar.

E assim foi, chegados ao local verificamos que reunia condições. Com as linhas na agua, os primeiros toques não demoraram a aparecer, com o “Puto” a abrir a jornada com um bom exemplar, logo seguido do “Roncador” com mais um espécime. Acabamos por desistir deste pesqueiro porque ficamos com pouca agua, a maré não ajudou… Nem os mariscadores. Quando demos por nós, estávamos a ser observados por aproximadamente 40 pessoas, vestidas com fatos de neoprene, prontas a rapar tudo que aparecesse. Só visto….

Saímos de malas e bagagens para o “Calhalhuço” de Malpica, sem antes tentar um pesqueiro mais ao lado, que nada deu ao nível de resultados.
Chegados ao local onde ficaria estacionada a carrinha, deparamo-nos com um cenário lindíssimo. Os pesqueiros mais a baixo, as ilhas Sisargas ao lado, e +- 1000 mts a pé até ao sitio onde iríamos apostar.
A descer todos os santos ajudam, por isso o caminho até à agua foi efectuado rapidamente. Linhas na agua, mas o peixe tardava a dar sinal. Faltava-nos mar, tínhamos que procurar bem os pontos de agua mais mexidos. Tiramos uns peixitos, o “Mister não dá mais” estreou-se, e o “Roncador” partiu a cana de 7 mts… Tinhamos comentado na descida que não fazia nada mal trazer uma cana suplente para baixo, e aconteceu…. Lá ficou ele a pescar com a cana partida, mais parecia que estava aos congros.
Fomos batendo pesqueiros para dentro, tirando 1, 2, 3 peixes por pesqueiro. Batemos tudo o que dava para bater, foi dar sangue até à ultima gota…

Com alguns kilos de peixe, e visto que quanto mais para dentro fossemos, menos mar teríamos, decidimos regressar ao estacionamento por volta das 15.00.

Se descer foi fácil, subir a pique, depois de bater pesqueiros, não foi pêra doce. A meio da subida as pernas começam a termer, os gémeos a chorarem a as coxas a darem de si…. É aqui que entra a frase “Mister, não dá mais”… E não dava.


Paramos algumas vezes, mas lá chegamos à carrinha. Não tínhamos muito tempo, e o “Roncador” aconselha um pesqueiro relativamente perto, mais a Sul de Malpica.






Chegados ao local, o “Mister não dá mais” experimenta uma nova técnica, pescando com cana de 6 mts ao “tento”. O “Puto” e o “Roncador” continuam com o pião. Ambas as técnicas revelaram-se produtivas, tendo sido o melhor local do dia. Apelidamos o pesqueiro como “pesqueiro do cão”, porque atrás de nós tinha uma casa com 3 bichos que não se calavam 1 minuto….






A noite chegou, e lá fomos nós a caminho da Pensão Esqueiro. A pensão é muito humilde, nada de luxos ou mordomias… Mas para o efeito dava perfeitamente, e era barato. Alugamos um quarto triplo, com casa de banho. Jantamos na pensão e subimos para dormir, completamente exaustos, estávamos de directa, e com alguns kms nas pernas…

E que noite caros amigos!

É difícil descrever o que se passou, mas vou tentar.

Estávamos já deitados, eu já estava mais para lá do que para cá, o “Roncador” estava a começar a fazer jus ao nome, e o “Puto”, pensava eu, já estava apagado… Nisto o meu telemóvel tocou, a minha mulher dizia-me que o meu filhote queria falar comigo.

Após desligar o telemóvel, apago a televisão que ainda estava acessa, e deito-me. Mas era impossível dormir!!! O “Roncador” ia buscar a respiração às entranhas dos pulmões, soltando ventos ciclónicos pela garganta! Passado pouco tempo, vejo a luz do telemóvel do “Puto”…

Ele repara que também estou acordado, levanta-se e diz-me “… nunca vi disto! ***a-se! O gajo tá a passar-se! E ainda só passou uma hora e meia! Vamos ter que fazer alguma coisa, não aguento isto, ainda faltam 7 horas para nos levantarmos…”.

Então tivemos uma ideia brilhante, íamos acordar o “Roncador” como se já fosse hora para ir pescar. Assim foi. “Filipe, Filipe, levanta-te pá, já passou uma hora a mais, não acordamos com o despertador!”. Ele parecia que tinha uma mola, foi para a casa de banho arranjar-se, e nós deitamo-nos outra vez, a chorar de rir.

Quando ele saiu da casa de banho, e lhe dissemos para ver as horas no telemóvel, só queria que vissem a cara do menino… Tive que me concentrar para parar de rir, já me doía a cabeça. Não fui de modas, e tomei um comprimido para dormir. Aterrei passado uns minutos, e foi até de manhã. Pior ficou o “Puto”, que só conseguiu dormir 4 horinhas…


O RONCADOR - ACTOR PRINCIPAL DO ENREDO ATRÁS RELATADO

Mas vamos à pesca, que é o que interessa. Logo de manhã apostamos no pesqueiro do cão, tínhamos tirado bom peixe no final do dia, era uma boa aposta. E assim foi, tiramos bons exemplares, tanto ao pião como ao tento.


Começamos a ficar sem agua, tal como no dia anterior, e resolvemos sair dali para conhecer outro pesqueiro. Fomos para Punta Nariga.

Chegados ao local, e visto de cá de cima, condições fabulosas, mar a mexer como deve ser, tinha que ter peixe! Mais uma descida daquelas… Linhas na agua, e não tínhamos condições para pescar. O mar tinha muita força de corrente, enrolava o pião, e nem eu ao tento tinha hipótese…



Toca a fazer mais uma subida daquelas até à carrinha… E como foi difícil lá chegar. Decidimos então voltar a Malpica, e verificar as condições de mar.



Chegados ao “Calhalhuço”, não gostamos do que vimos. Pouca espuma, o mar não trabalhava naquele sitio.



Voltamos então ao pesqueiro do cão, na expectativa de que com mais agua, mete-se uns peixitos. Ficamos por lá até vir embora, mas praticamente sem peixe.

Valeu pelo “jurássico” tirado pelo “Puto”, peixe que se veio a revelar como o troféu da jornada.
Chegada a noite, toca a meter o peixe no gelo, e arrancar para Portugal.
Assim foi a nossa jornada, com um grupo pequeno mas a todos os níveis memorável.
Deu o peixe que tinha que dar, com aquelas condições de mar.
Não foi nada mau, e o convívio foi fantástico!
Abraço
Pedro (Mister não dá Mais)